OLIGOV - O ARQUEIRO DO REI

Depois de quase um dia de caminhada, estavam cansados demais, todos, arqueiro e crianças, porém não podiam parar, mesmo com os gigantes sendo burros, logo iriam perceber que as crianças fugiram e que alguns dos seus foram mortos.

Vendo a situação que nos encontramos, procuro pensar por uma solução rápida, prática e segura, onde todos possam sair em segurança desse lugar.

Depois de alguns minutos sentado, olhando em volta, lembro-me de alguns goblins, numa antiga missão que estavam saltando de um penhasco usando folhas de bananeira para diminuir a velocidade e chegarem no solo em segurança. E no lugar onde nos encontramos há muitas árvores gigantes e, certamente, será fácil encontrar essas folhas.

Reúno as crianças mais velhas e peço que busquem por essas folhas e por cipós, iria fazer manualmente, as mais jovens iriam ficar ao meu lado. Além das folhas e cipós, pedi também pequenas tábua para utilizarem como assento.

A medida que foram trazendo fui amarrando as folhas nos cipós e nas tábuas. Esperava que tudo desse certo. Após tudo terminado iria explicar a todos que teríamos que ter coragem e não se soltar dos cipós.

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23 (Eu)
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Com sabedoria, e sem pressa, Oligov usou toda a fibra de seu coração para salvar aquelas crianças.
Fez caprichosamente cada para-quedas como se o fizesse para si mesmo.
Louvável.

Ao saltarem do Penhasco, elas foram indo, em círculos para baixo.
Rodeando a grande e grossa árvore que beirava essas terras estranhas.

Eis que infelizmente uma das crianças, a mais escurinha e gordinha delas, não aguentou segurar nos cipós e despencou chão abaixo.

Depois de algumas horas descendo de para-quedas, chegaram ao chão.
Viram a criança explodida no solo....pedaços de carne para todo lado.

Mas outras 21 estavam descendo suavemente.
Isso aquietou o coração de Oligov.

Colocou as crianças dentro da carroça e começou a cavalgar.
No chão podia ver uma fumaça enorme vindo do Sul, bem próximo da onde estavam.
Um morro ao Norte com gritos agudos que você parece já ter ouvido antes na vida...
Leste que era de onde veio...
Oeste para onde não sabia o que vinha a frente.

Se deu conta que seu mapa ficou com suas roupas lá encima.
ROUPAS....
Lembrou delas, e vestiu o que tinha na carroça.
E agora, para onde??
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Parabéns velho.
Como foi combinado pelo WhaysApp eram 22 crianças e você.
Cada vida salva eram 2 XPs. Cada vida morta -4
Você poderia chegar a ficar com -88 XP
Ainda assim fez os testes de destreza e passou.
Parabéns.
São 44 xps. Bem vindo ao 5o nivel ...

Salvar vinte e uma crianças deixaria qualquer pessoas super feliz, porém, não consegui salvar a todas, uma delas sucumbiu durante o voo. Se eu tivesse apertado um pouco mais os cipós, se tivesse escolhido melhor as folhas das árvores ela teria sobrevivido, mas já estávamos no solo e a visão dessa criança toda destruída me deixou muito ruim, não fiquei contente em ver isso.

Enfim, a vida tem que seguir e tenho que levar essas crianças para um lugar seguro, depois voltarei para acertar contas com esses seres que estavam utilizando as crianças como ingredientes para uma sopa. A batalha está apenas começando.

Coloquei todas a crianças na carroça e ao me lembrar da roupa, trato de colocar minha segunda muda de roupa, que sempre tenho. Digo para que todo se alimentem do que tem dentro da carroça enquanto a guio.

Enquanto elas se organizam na carroça fico a pensar em qual caminho escolher. O da fumaça, o do morro, o desconhecido ou pelo lugar que vim, era óbvio que iria seguir pelo caminho que já fiz. E assim continuei pelo caminho conhecido.

Correu com a carroça.
Os pássaros começam a voar na mesma direção que você seguia.
Consegue ver animais correndo para a mesma direção dentro da mata.

De repente as crianças começam a berrar.
Oligov olha para trás assustado e mesmo longe, consegue ver gigantes descendo pela enorme árvore que estava para trás.
Eram uns cinco.
Mas sabia que eram suficientes para aniquilar centenas de cidades.

Começava a correr como louco.
Até que na reta consegue ver uma luta...um estranho vestido com armadura negra e um homem pálido.
Estavam no meio da estrada....
Havia um cavalo mais adiante, mas o animal corre ao ver os bichos da mata fugindo...

O homem pálido é decapitado.....
O estranho de armadura negra aproveitou que o homem pálido se assustou com a carroça, se teleportou para trás do homem e cortou sua cabeça....

Estava fugindo com aquelas crianças quando percebo que os gigantes estavam descendo a árvore e vindo em minha direção, porém, no meio do caminho encontro dois seres digladiando, sendo o pálido decapitado com um golpe muito poderoso.

Pelas vestes que ele possui não posso confiar nele, tinha que fazê-lo sair do caminho pelo menos para passar e seguir a direção e encontrar um lugar mais seguro onde possa deixar as crianças e enfrentar os gigantes, mesmo eles sendo muito poderosos.

Aproveito o momento que ele se teleportou para trás do homem pálido e o decapitou solto algumas flechas apenas para afastá-lo e, não para ferí-lo, apenas como sinal para sair do meu caminho. Uma leve explosão que iria irritar sua visão e audição, assim deixando o caminho livre.

Oligov faz os disparos.
Mas parece ter esquecido que estava na rédea de uma carroça am alta velocidade, lotada de crianças.

Teste de Sorte

1 a 5 = Deu nada

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Disparadas as flechas, o cavalo desembesta.
Oligov cai da carroça que começou a quicar como um coelho na estrada,(1d20 de dano), algumas crianças pulam da carroça e se machucam muito. Visível as lesões.

Goran rolando nas pedras e indo parar no meio de um monte de raízes que saiam da terra na ribanceira da estrada, ainda vê a carroça arrebentando numa árvore, que desaba com a força da batida.


Dano

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O sangue ainda estava quente quando tomei a decisão de atirar contra o estranho na estrada para afastá-lo, porém me esqueci de segurar as rédeas do cavalo e isso fez com que a carroça tombasse e me jogou longe, o que aconteceu igualmente com as crianças.

Ainda no chão me lembro de todas elas e de todo o sacrifício que fiz para salvá-las. Com o corpo dolorido e sabendo que os gigantes estão vindo em nossa direção, levanto-me com o arco em mãos e vou na direção delas para ajudá-las a se levantar e prestar socorro as que estiverem mais machucadas.

Faço tudo isso sem me importar com a presença do estranho, no momento minha mente pensa apenas na segurança das pobres crianças, pois não há tempo a perder, preciso escondê-las e enfrentar nossos caçadores.

Oligov se levanta, estava ferido, machucado e sangrando.
Sua perna estava muito machucada devido às raízes onde caiu. Mas engoliu a dor e correu na direção da carroça.
Quando chegou no meio da estrada, viu o estranho com armadura negra ao lado da carroça.
Ele não parecia estar machucando elas, e sim tirando algumas feridas de dentro e conseguiu ouvir ele falando:
Vamos sair logo daqui, ajudem quem estiver machucado!

Eis o segundo em que seus olhares se cruzam.

O corpo estava machucado, porém as crianças precisam ser ajudadas antes do que eu, porém nesse meio tempo, o sujeito estranho estava ao lado delas as ajudando a sair da carroça, principalmente as feridas.

Nesse instante nossos olhares se cruzam e um turbilhão de pensamentos me cercam, não sabia o que fazer exatamente, pela frase dele está apenas as ajudando, mas não podemos continuar nesse lugar devido aos gigantes, então deixo o orgulho de lado e dou alguns passos em sua direção dizendo de forma firme:

- Precisamos sair desse caminho, os gigantes estão vindo atrás. Eles querem as crianças para alguma poção de um mago. Consegui salvá-las após um breve combate, mas agora eles estão vindo nos capturar.

- Se for nos ajudar será bem vindo, caso contrário, saia do nosso caminho.

- O que me preocupa não são os gigantes e, sim, os seres pálidos que estavam ao lado do mago...

Ao término das palavras olho as crianças e peço para que fiquem juntas e em silêncio para não chamar atenção dos gigantes.

O ser na estrada foi cordial ao oferecer ajuda, indicando um local para nos abrigarmos e cuidarmos dos ferimentos enquanto iria ao encontro dos gigantes. Enquanto ele falava meu rosto apenas demonstra respeito e enquanto reúno as crianças o respondo:

- Irei deixá-las num lugar protegido e voltarei para ajudá-lo. Já os enfrentei antes e eles são poderosos. Juntos poderemos derrotá-los. Boa sorte guerreiro...

E assim nos despedimos. Um encontro rápido e decisivo. Não tinha certeza da decisão, se era correta, mas no momento as crianças tinham que ser salvas e o local indicado era o melhor.

Fui na frente, indicando o caminho e aproveitando minhas habilidades consigo observar todo o local a nossa volta, nos protegendo de possíveis inimigos. Logo atrás na fila, os mais novos e feridos, e ao final os mais velhos.

Estava decidido.
Oligov cuidaria das crianças, enquanto Thyron tentaria enfrentar os Gigantes até que Goran voltasse.
Mas algo impede a continuidade do combinado.

Da mata vem correndo um ser muito pequeno.
Ele pula direto no peito de uma das crianças mais feridas, a toca....antes que pudessem fazer qualquer ação, a criança é envolta por um brilho e estava curada.

O pequeno pula da criança.
E parecia procurar mais delas machucadas....
Olha para vocês dois e diz:

- Cavalheiros, boa tarde...eu posso cuidar das crianças ... vivo nessa floresta há séculos...os animais me disseram que os gigantes estão descendo da terra proibida...Estou em companhia de um bravo Anão, ele pode ajudar a vocês.
Preciso que segurem os gigantes pelo maior tempo que aguentarem...

O pequeno aponta para mais adiante na estrada, numa curva à frente, e lá estava o anão....só com a cabecinha pra fora de um arbusto vendo tudo.
Conseguiram ouvir ele resmungar mesmo de longe
- Caralho

- Eu posso levá-las para onde moro, fica numa caverna nos morros ao sul, para mais adiante de onde veem a fumaça...minha caverna fica atras da cachoeira mais baixa....se permitirem cuidarei delas até que voltem para buscá-las...

Orik tentava ser discreto, quando o gnomo jogou tudo por água abaixo.

-Erdha! Ele praguejou alto enquanto saia dos arbustos e se aproximava.

Olhou para o homem com as crianças, passou para o de armadura negra e voltou para o primeiro e as crianças.

"-Erdha!" Ele voltou a praguejar, mas mentalmente agora. Orik não queria se meter em problemas dos outros, pois já estava atolado até o pescoço com os seus, mas, o gnomo não deixou muita escolha e e o anão não podia dar as costas as crianças também.

-Aiya! Elen síla lumenn' omentielvo! Ni ná i attaura ohtar Orik ya vantëa Ambar!

Ele parou e completou no idioma humano.

-Saudações, guerreiro! Sou Orik Rockswood. Ouvi um barulho bem forte e pensei que fossem os gigantes...  Estava investigando quando encontrei vocês. Precisam de ajuda com essas crianças?

O estranho ranzinza com armadura negra sai em disparada na estrada....estava decidido a fazer o que tinha em mente.
Ignorou por completo o anão.

Ficando assim, apenas o Gnomo, o Anão e o "Carroceiro Maluco"...

O Gnomo então adentrou a mata.
Levando consigo as crianças.
Andaram por muito até chegarem a um grande rio de correnteza forte.
Lá avistavam uma enorme cachoeira.

Ao chegarem próximos, uma ponte de terra criada naquele instante pelo Gnomo os levava até as fortes quedas....e num passe de magica, as águas se abrem.
As crianças entram.
Oligov também.

Numa outra magia, tochas se ascendiam e clareava o lugar.
Ele vira para o Arqueiro e diz
- Aqui as crianças ficarão seguras....mas o que faremos?

Ao perceber que o local é seguro fico mais tranquilo, porém o gnomo é confiável? Será que não irá fazer nenhum mau contra as crianças? Enfim, somente os próximos minutos iriam me responder essas questões.

Olhando fixamente ao gnomo digo, com a voz firme:

- Aqueles dois não irão aguentar os gigantes. Eu os enfrentei e sofri muito para fugir do território deles com essas crianças. Temos que ajudá-los, mas as crianças não podem ficar desprotegidas.

- Você deve conhecer muito bem esse lugar, então, com isso pode nos ajudar e muito.

= De fato conheço moço....mas vamos conversar do lado de fora...deixemos as crianças descansando.

A cachoeira se abre mais uma vez....o Gnomo dá alguns passos para fora da corrente de água e some.
Oligov corre para fora....e a água se fecha atrás dele. A queda é muito forte.
Ao sair, vê o Gnomo na mão de um Gigante.
Ele devia estar tomando água e viu o pequenino saindo por de trás das quedas e o apanhou.
O Gnomo estava desacordado....e o gigante o esmagava com a mão fechada enquanto ria....ele não viu o arqueiro...

A cena foi forte. Um gnomo sendo esmagado por um gigante é difícil de se ver e acreditar, mas não posso mantê-lo assim, preciso salvá-lo das mãos dessa criatura infernal. E para livrá-lo sem causar mais nenhum dano a seu corpo somente um exímio arqueiro, com flechas precisas.

Aproveito minhas habilidades e realizo uma manobra arriscada, porém se der certo irá derrubar esse gigante.

Solto no total 12 flechas em seus olhos, para além de cegá-lo, derrubá-lo.

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Ao ver aquela cena, do gigante caindo após meu ataque surge um leve sorriso em meu rosto, porém não posso ter certeza que o mesmo está morto, preciso ter certeza disso e para tanto solto mais uma flecha, dessa vez em sua nuca antes de ir até o gnomo para ajudá-lo a retornar ao local onde estão as crianças.

O Gnomo estava desacordado.
Rapidamente Oligov leva ele até a caverna onde estava as crianças.
Enfrentou a água pois as águas não se abriram. Quem o fazia era o próprio Gnomo

As crianças estavam calmas...mas assustadas.
O gnomo acordou....bem machucado e com sangue saindo por seu nariz e sua boca...

- Você me salvou ... obrigado....mas eu não vou resistir...estou muito machucado...

Felizmente consegui retornar com o gnomo para dentro da caverna, porém a dificuldade para atravessar a cachoeira me fez pensar em que algo sairia errado nesse momento. Ainda bem que conseguimos adentrar com segurança e encontrar as crianças que estavam assustadas com toda aquela confusão.

- Você tem que sobreviver, precisamos salvar as crianças, seja forte, diga-me o que fazer que irei te ajudar a ficar conosco. Não desista.

O gnomo chama você para perto e diz:
- As crianças podem ir até o fundo da caverna....vão sair numa cidade. Lá receberão ajuda....você deve avisar Rorrim...ele é o Guardião desse Reino...um mago poderoso....eu senti sua presença quando te encontrei....ele deve estar na floresta...no meio da mata há uma montanha, e sobre ela um castelo...provavelmente estará lá...Você precisa avisá-lo do que esta acontecendo...

- Tem que avisar o Peregrino.....santo

com uma gorfada de sangue na cara de Goran....o Gnomo apaga, ainda com os olhos abertos...

As crianças estavam assustadas. Algumas delas choram sem escândalo....e apenas o olham, esperando qual seria sua reação.

Não tive tempo para respondê-lo, o gnomo não suportou os machucados e faleceu, partiu desse mundo, mas sem antes informar o que devo fazer.

Ao vê-lo falecer na minha frente, sem poder fazer nada, aparentando ser um imbecil burro, fico incrédulo. E sabia que com isso as crianças estariam desesperadas, esperando um afago, um abraço, um colo. Tudo que eles necessitam não poderei dar, pois terei que deixá-la seguir o próprio caminho.

Levanto lentamente, deixo o arco nas costas, e caminho para perto das crianças e fico ajoelhado em frente delas. E com a voz calma e serena começo a falar:

- Crianças. É uma pena que o nosso amigo gnomo, que nem sabemos o nome, faleceu na nossa frente. Ele nos salvou, nos trouxe até aqui, um local seguro e protegido, um caminho para uma cidade segura, onde iria nos levar.

- Esse momento devemos ser fortes, pensar em nossas famílias, na nossa vida, nos nossos amigos.

- Irei pedir que vocês fiquem juntos e sigam até o fundo da caverna, lá encontrarão ajuda. Não poderei acompanhá-los, pois preciso dar um fim em toda essa história e para isso irei até esse castelo que ele comentou.

- O que me dizem? Se já escapamos dos gigantes, conseguiremos terminar mais essa etapa...

Os olhos das crianças se enchem de lágrimas....
Uma menininha vem pra frente de Oligov e diz:
- Não vai moço....fica com a gente...

Outros choram.
Eram apenas crianças.
Mas um menino um pouco maior puxou ela pela mão, sem violência e disse para todos:
- Deixem ele...a gente já era pra estar morto mesmo lá na sopa dos gigantes....venham comigo até o fim da caverna....

E o menino foi....
uma a uma as crianças iam sumindo na escuridão do túnel...


Oligov então sai da cachoeira e volta para o pé da montanha.
Precisava realmente entender tudo que passava ali.
Quando ainda triste pelas crianças, caminhava aéreo, deu de cara com um cavaleiro branco, um monge, um elfo, dois meio lagartos e um anão....

Eles se entreolhavam...
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