Yami - Caçados sem misericórdia

[off: q os jogos comecem hehehe xD vamos fazer assim, vc tem liberdade pra interpretar a npc tmb, mas em alguns pontos chave vou assumir ela, tentando não mudar muito, blz?]

O contraste entre mim e a pequena Millena era grande e graças a nossa ligação eu o sentia de forma diferente.
Sentia o cansaço dela, embora saber que ela existia me desse mais força para correr.
Sentia seu medo, embora o único medo que eu tivesse era de vê-la sofrendo novamente.
Sentia sua fragilidade, embora eu me recobrasse com a minima lembrança de sua face.
Millena por fim tropeçou, já exaurida pela perseguição, e iria de encontro ao chão caso eu não velozmente a amparasse.
Coloquei-a contra o peito e abraçei.
Ela sorriu disfarçando o cansaço e me dando mais esperança e incentivo.
Os sons eram próximos e caso eu não estivesse com ela, eu me deteria pra enfrentar meus perseguidores.
-ficará bem, princesinha.
Tentei não parecer preocupado, mas para nós, aquilo de esconder pensamentos e sentimentos não existia. sempre sabiamos como o outro estava de verdade.
E Millena tocou minha face pouco antes de eu reiniciar minha corrida em direção a luz da construção onde faria de tudo para abriga-la.
-Ficaremos bem, meu amado.
As palavras eram fortes, porém não o bastante para nos definir.
Sentiamos todo o amor que seria possivel sentir.
Como as pessoas amam seus pais, seus filhos, seus amantes,seus entes queridos, a si mesmos e a sua divindade favorita, como amam a vida e os prazeres que ela traz.
Tudo isso unido a uma única pessoa. e nada era mais importante que isso.

-Maldição!!!
Eu não gostava de praguejar perto de Millena, mas isso quase nunca adiantava, afinal eramos tão ligados que sabíamos o que o outro estava pensando.
Também sentíamos as emoções, então senti o medo de minha protegida ao ser removida de meus braços e sofrer aquela queda.
Senti sua dor ao se arranhar no processo, não era nada para ela. mas para mim, ela sentir qualquer dor...por menor que seja era algo pior que qualquer tortura.
Menos de um segundo eu já tinha desaparecido de onde estava e reaparecido a frente de Millena, encarava nossos perseguidores com uma expressão de fúria mal contida.
A fuga tinha terminado, e claramente estavamos em desvantagem. mas cometeram um erro ao ferir minha protegida, e nos deixar sem opções.
Eles teriam que ser mortos ali mesmo para que ela estivesse em segurança por algum tempo, e se era só isso que eu podia fazer, então era o que eu faria.

Sorrio malignamente e com sarcasmo.
-Com a mão mordida, fica mais facil para ele deixar que você a lamba. ou ainda prefere suas botas?
O deboxe e o desprezo dele eram meus aliados.
-nenhum dos cãezinhos me fará voltar, pois o seu mestre eu até posso suportar, mas a presença fetida de vocês, isso me enoja ao ponto de vomitar.
Millena se levantou e ao mesmo tempo eu brandi a espada ficando em postura de combate.
Não precisava olhar para minha protegida, não precisava falar-lhe do meu plano.
Eu deteria-os ali, tanto quanto fosse possivel e na primeira oportunidade, escapariamos novamente.
Oito guardas, oito cães, seis mulheres e o lacaio.
As chances não eram boas. mas eu era um guerreiro...e as minhas costas estava algo valioso, valioso demais para que eu me desse ao luxo de hesitar.
-Vamos lá...faça o que puder, lacaio.
Millena sabia disso. era minha esperança, minha força e meu motivo para viver.
Não os deixaria leva-la de volta enquanto estivesse vivo.

Enxugo o suor causado pelo pesadelo.
Ainda bem que eu não era do tipo que acreditava em premonições, ou ficaria preocupado.
Olho ternamente para minha protegida e dou um beijo em sua testa antes de levanta-la e coloca-la no braço.
Só então sigo para junto do mercador.
-ainda estamos longe?

-não supunha algo sem conhecer nossa história, senhor. tudo que precisa saber, é que faço o necessário pra que ela fique bem.
Eu não me zangara, mas não gostava muito de imaginar essas coisas.
Minha protegida não tinha uma vida comum, e por mais que eu quizesse, não poderia ter uma assim tão cedo.
Seguro sua mão e sorrio afastando pensamentos que poderiam lhe trazer novos pesadelos.
-mas diga, o que quer dizer com correndo bem? teria algum imprevisto que poderiamos enfrentar?

-Não se preocupe, é apenas como eu disse. sem conhecer nossa história, qualquer suposição é equivocada.
Eu observava o caminho e avaliava meu rumo.
Será que estariamos longe o bastante?
Não...teriamos que conseguir provisões e continuar fugindo, até encontrar um jeito de destruir aquele mago para podermos viver em paz.
Restava esperar chegar a cidade.