Incertezas - Crono

Crono não tinha mais o que fazer em sua casa, em sua terra, seus pais haviam sido mortos. Não tinha forças para continuar no lugar onde fora criado e assim decidiu se aventurar pelo mundo. Cavalgou durante sete dias e nada encontrou, além de animais. Nenhum homem, mulher, criança ou monstro cruzou seu caminho. Até que em seu raio de visão avistou uma pequena cidade, um pouco movimentada e se dirigiu a ela.

Ao chegar em sua entrada, pode sentir um cheiro muito bom de porco assado, o que lembrou o seu pai, que fazia um delicioso porco no rolete. E seu olfato o levou até o local do assado, era a taverna da cidade. Nunca entrou em uma sem a presença de seu pai, e hoje deveria entrar sozinho.

Era triste, estranho e ao mesmo tempo desafiador, andar pelas ruas, sem ter no fundo para onde voltar.
Fazia pouco mais de uma semana que caminhava, solitario, pensativo no que poderia ou no que iria encontrar.
Ao chegar na vila, o cheiro nostalgico de assado de porco lhe trouxe lembranças das quais ele provavelmente nunca mais teria acesso.
Seria a primeira vez que adentraria um lugar daqueles sozinho, sem a companhia de seu velho pai, logo, prefiriu não chamar a atenção e, se dirigindo a taverna, se acomodou na mesa mais afastada.