Seijuro Yamagami - Capítulo I - A Floresta Sombria

O dia todo pareceu passar lentamente ,até mesmo o pouco tempo que teve ao treinamento de Kendor ,Yamagami não conseguira se concentrar direito ,a ida até famosa mansão Himuro o deixava cada vez mais ancioso, finalmente próximo do horário combinado Seijuro Yamagami saia de casa com a mochila ,tendo seu material escolar,laptop ,possivelmente para as anotações de evidencias que encontra-se no lugar e não menos importante o seu celular.
A chegada ao local indicado pelo papel de Keito ,fora muito fácil ,pouco tempo já estava na estrada que dava até a mansão ,porém o seu grupo , por assim dizer, parecia esta atrasado,não havia chegado ninguém.
Seijuro estava a espera de seus colegas sozinho ,parado ao lado da auto estrada ,a sua esquerda e direita apenas uma densa floresta ,porém a direita havia uma trilha ,com uma placa que indicava mansão himuro ,justamente desse lado um nevoeiro sombrio dominava aquela vegetação sem piedade.
Ele reconhecia aquela estrada era a mesma de seu pesadelo ,ao relembrar o sonho ruim ,sua linha de pensamento é rompida por uma voz feminina ,vinda de dentro da névoa ,era uma voz distante ,mas o som que ela se propagava ,era cheio de ecos .Aquela voz não era nada familiar.

- Seijuro...Seijuro...Seijuuuuuuuro...

Uma sensação ruim dominava a mente do jovem estudante ,estaria impressionado com as estórias da mansão ,o que significava aquilo ? seria algum tipo de trote de seus colegas ?

Finalmente a hora de desfazer aquele mistério. Seijuro estava afoito por chegar logo ao local indicado e, quando chegou, reconheceu imediatamente como sendo, de fato, o mesmo local que avistaram em seu pesadelo. Aquilo de certa forma fez o coração do jovem disparar de ansiedade. A atmosfera do local era sombria, de certa forma aterrorizante, embora Seijuro atribuísse isso apenas ao fato de ter vivenciado aquele pesadelo.

"Tirando o fato de eu estar influenciado pelo pesadelo, até que parece um lugar bem normal. Mas essa névoa é estranha..."

Pensando nisso, o garoto sentiu vontade de já partir pela trilha, sem esperar os colegas de escola. Não estava ali para fazer trabalho escolar, mas sim para sanar as dúvidas que haviam lhe surgido na cabeça. Contudo, se propôs a esperar um pouco mais, não queria parecer tão rude afinal de contas. Assim, ficou parado esperando por mais algum tempo, até que ouviu aquela voz.

Isso fez o coração do jovem dar um pulo. Seijuro rapidamente virou-se em direção à voz, seus olhos rápidos e treinados procurando nas sombras da vegetação alguém que estivesse fazendo algum tipo de brincadeira de mal gosto. A expressão no rosto do garoto era de poucos amigos, sua voz saiu meio trêmula ao falar:

- Quem está aí? Apareça! Essa brincadeira não me assusta!

Um silêncio absoluto volta a reinar naquele lugar ,dando a impressão ao jovem de que talvez a voz que escutara ainda pouco tivesse sido apenas fruto de sua imaginação ,ninguém respondera,os olhos dele varriam as sombras e nada encontrara .

Era quando ele se surpreende com o que ver, era chocante ao mesmo tempo inesperado ,no centro da trilha,onde há alguns segundos atrás não havia ninguém , agora ele ver uma mulher de costas para ele , estava parada ,as roupas semelhantes a de sua mãe quando ela morreu ,estrutura do corpo da mesma era idêntica ,parecia ser de sua mãe,mas não dava para ver seu rosto .Ela se mantinha costas ,parada e não emitia som algum.

O coração do jovem parou por um segundo. Ali, na trilha, à sua frente, uma silhueta que, inexoravelmente, remetia a sua mãe, no dia da morte. Aquilo fez alguma coisa dentro de Seijuro estraçalhar em dor. Sabia que aquela visão não poderia ser real, mas, ao mesmo tempo, desejava que fosse.

Não sabia se sentia medo ou saudade. Era um misto de emoções diversas que fez o garoto ficar parado por alguns segundos, sem saber como agir ou o que fazer. Até que, involuntariamente, seus pés começaram a se mover, um após o outro, caminhando em direção ao local onde parecia estar a mulher que pensava ser sua mãe.

Cada novo passo era como uma facada no peito: dor e frio misturados, fazendo com que o mundo inteiro girasse ao seu redor. Caminhou e caminhou, vagarosamente, às vezes rapidamente. Quando percebeu que já estava um pouco mais próximo do vulto, gritou, mas sua voz saiu mais fina e histérica do que o normal:

- Mãe!

A emoção abalava o corpo e a mente do jovem , que acreditava esta diante de sua mãe , a misteriosa figura se mantinha em silêncio a todo o momento ,mesmo quando Seijuro chamava o título daquela que um dia lhe dera a vida .
Ele estava cada vez mais perto ,era quando a estranha mulher começava a andar ,de inicio lentamente ,mas sua velocidade aumentava cada vez que Yamagami se aproximava .
Subitamente o nevoeiro se tornava mais intenso , a escuridão parecia se tornar ainda maior ,pra traz apenas o nevoeiros era visto ,mas adiante ele já conseguia ver a silhueta da mansão .
A mulher caminhava sem parar na direção da mansão Himuro.

"Mas que merda...

O garoto já havia ido longe demais para voltar atrás. Não era bobo, sabia que estava sendo conduzido para aquela mansão macabra. Contudo, depois de vê-la em seu sonho e, agora, ver bem a sua frente uma silhueta que lembrava - e muito - sua falecida mãe, nada mais importava. Tudo parecia uma macabra e dolorosa coincidência, mas não importava. Seguiria em frente até que aquele maldito mistério estivesse solucionado.

Não chamou mais a palavra "mãe", pois aquela figura a sua frente não era sua mãe. Sua querida mãe jamais continuaria caminhando após um chamado seu. Contudo, quem quer que estivesse conspurcando a memória sagrada de sua idolatrada mãe pagaria um preço alto por isso. Seijuro de certa forma já sentia o sangue ferver na cabeça, só de imaginar alguém fazendo brincadeira com isso.

- Alguém vai pagar muito caro por essa brincadeira idiota...

A misteriosa mulher desaparecia na névoa ,quando o nevoeiro torna-se mais raso ela ressurgia exatamente na entrada da mansão ,Seijuro a avista abrindo a porta da mansão ,ela olhava para traz ,o aolescente então podia ver o rosto pálido e triste de sua mãe que desaparecia então na escuridão interna do lugar.
A sensação de se sentir obervado tomava conta da mente do estudante que instintivamente olhava a sua volta se dando conta de que parecia sozinho ,pois apenas a escuridão ao redor da floresta era avistada .O barulho de uma coruja oculta nas copas das arvores era escutado,uma sensação macabra e bizarra percorria cada célula do jovem.

"Mas que merda..."

Seijuro fitou atônito a figura na porta da mansão. Ao virar-se, o jovem percebeu que ela carregava, de fato, o rosto de sua mãe, não apenas a semelhança na voz. Mas aquilo não poderia ser real!

"Mas era só o que me faltava... fantasmas!"

Foi quando Seijuro deu-se conta de que estava completamente sozinho ali. Um calafrio perpassou cada centímetro de seu corpo, aquilo de certa forma fez algo estalar em sua mente: ele não estava sonhando, havia visto uma mulher com o rosto de sua mãe, mas sua mãe estava morta, o que só poderia significar que aquilo não era nenhuma brincadeira macabra, mas uma realidade a priori inconcebível.

- Isso não tá ficando legal...

Dividido entre a sensação de entrar no lugar e esperar mais um pouco, Seijuro se pega observando o ambiente ao redor. O local era macabro, medonho... e a solidão o fazia parecer mais ameaçador ainda. O jovem não tinha medo, mas também não estava tão seguro de si quanto estivera anteriormente. Decidiu caminhar mais alguns passos em direção à porta.

- Vou entrar... - sussurrou enquanto mergulhava na escuridão agourenta da mansão...